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quinta-feira, 11 de junho de 2015

Mensagem linda -Hoje é tempo de ser feliz

Nada fazer

"Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho… o de mais nada fazer. ”

Clarice Lispector

A arte de ser feliz


A arte de ser feliz 

Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, 

quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa e sentia-me completamente feliz. 

Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém a minha alma ficava completamente feliz. 

Houve um tempo em que minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava histórias. Eu não podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, a às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz. 

Houve um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma regra: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz 

Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.  
Cecília Meireles

CONVIVER NA DIVERSIDADE

Vivemos num período histórico onde as comunicações são instantâneas. Não só pelas redes sociais, como também por outros meio de comunicação nunca tivemos tanta facilidade de construir na terra uma casa onde todos possam viver em paz. E, no entanto, os mais variados conflitos se fazem sempre de novo presentes em toda parte. Daí também a constante busca da paz. Há quem julgue que esta só é possível através da padronização. Entretanto o segredo vai no sentido contrário: o de assumir a diversidade, no sentido mais amplo da palavra. Deus não quer clones, mas seres que aceitam a originalidade de cada ser, sabem respeitá-la e convivem na diversidade. Pois é esta atitude que abre caminho para uma comunhão verdadeira e enriquecedora para todos.
Frei Antônio Moser, OFM 

segunda-feira, 1 de junho de 2015

A Oração de Junho

A Oração de Junho 
Senhor, chegou junho das festas de seus santos populares. Acenda em nós a fogueira da fé no colorido da nossa religiosidade. Que São João anuncie sua presença que torna descomplicado nossos caminhos; que São Pedro nos dê a chave e a casa para entrarmos no lugar dos nossos sonhos; que Santo Antônio abençoe nossos afetos, traga de volta o que perdemos e não deixe faltar comida em nossa despensa e na do vizinho. Que dancemos a dança da alegria e da fraternidade; que enfeitemos a vida com as bandeirinhas de todas as virtudes; que as nossas crianças tenham sempre pipoca e cachorro-quente feitos em casa com amor e carinho. Que nós possamos levantar o mastro da solidariedade e viver a vida como bela quermesse. Amém !
Frei Vitório Mazzuco Filho, OFM

Vamos de Paz

Nas clareiras do mundo, flores que salmodiam. Padre Fábio de Melo