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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Abra a janela e olhe para fora. O que vê?


Abra a janela e olhe para fora. O que vê? 
Eu vejo a vida. Lá fora é que ela está, afinal, está no aprendizado. 
Não aprendemos com o que já sabemos, aprendemos com o que está porvir. 
O conhecimento dentro de nós foi útil, evidente, cria elos e repertório para avaliarmos o mundo. 
Mas o mundo só nos é quando o pegamos para nós. 
E para tal é preciso pular a janela.
Do lado de cá, dentro de casa, tudo é igual. 
Muda-se de lugar um móvel aqui, um abajur ali, mas o conceito dela basicamente não muda. 
Pintar uma parede de roxo?  Raros. 
Quebrar outra e abrir a sala? Poucos. 
Vender o carro e transformar a garagem e sala? Rá!, loucos. 
É do outro lado que vivemos. 
Lá fora, de baixo de chuva, queimados de sol, trincados do vendo, seguindo farol. 
Evidente que a tal janela é metáfora. 
Não falo daquela da cozinha. 
Tampouco o lado de fora é o quintal da sua vizinha.
Falo da viagem, de comer poeira, de se mandar, de visitar lugares, de conversar em outra língua que não se sabe, de dançar e seguir singing in the rain. 
O que te impede de conhecer o mundo? Dinheiro? 
Vai me dizer que pagas barato o aluguel, o almoço do dia-a-dia, o busão? 
Que não gasta nada para viver estático?
Ora, já que o gasto é inerente à vida, que o faça em movimento, no seu tempo. 
Seja uma vez ao ano, seja uma vez a cada dois anos (pobrezinho), seja mensalmente, seja diariamente. 
Por que não? O que te impede de ser dono do seu destino e de ditar o seu caminho? 
Nada. Acredite... Nada! 
Temos de casar, ter filhos, ser “bem-sucedidos” na careira, na firma, ganhar dinheiro para pagar a escola do rebento, entrar na igreja de branco, evitar os pecados, não pisar na grama. 
Nascemos decidindo tudo isso? 
Ou tudo nos foi ditado por terceiros e pelo pacote criado para vivermos em sociedade? 
Como disse o mago Jobs, em seu discurso para uma classe que se formava na Universidade de Stanford, “O tempo de que vocês (falava aos alunos) dispõem é limitado, e por isso não deveriam desperdiçá-lo vivendo a vida de outra pessoa.
Não se deixem aprisionar por dogmas - isso significa viver sob os ditames do pensamento alheio. 
Não permitam que o ruído das outras vozes supere o sussurro de sua voz interior.
E, acima de tudo, tenham a coragem de seguir seu coração e suas intuições, porque eles de alguma maneira já sabem o que vocês realmente desejam se tornar. Tudo mais é secundário”. 
O sussurro vem de dentro, mas que gritar para fora. 
Quer seguir o coração que já saiu pulando pela janela, ultrapassou a cerca da vizinha, subiu a rua e sumiu no mundo. 
É lá, na cachoeira, na pirâmide, na natureza, no bistrô parisiense, na chácara na serra, numa praia deserta. 
É lá que ele quer estar.
E é você que vai ficar de fora dessa? 
A vida é mais simples do que parece. 
Dar o primeiro passo é que é difícil. 
Depois é avalanche. 
Faça da sua vida uma viagem, antes que ela te enraíze. 
Eu já faço isso, aos poucos, mas logo, logo, planejarei uma que transformará todas as paredes da minha casa num arco-íris. 
Uma casa que não será moradia, mas irá comigo numa sacola.
*Beto Pacheco é jornalista, músico e cronista. Escritor do livro de crônicas: O Fantástico Mundo das Quinquilharias. 
Acompanhe Beto Pacheco em http://cronicasdobeto.com.br
Fonte: http://www.qualitadevida.com.br/novidade.php?id=36

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